terça-feira, 29 de março de 2011

Experiências culinárias - parte II

Outra experiência culinária que fizemos ontem foi na verdade uma junção de duas comidas já conhecidas e aprovadas. Sabíamos que dificilmente daria errado, afinal juntar duas coisas muito boas não costuma ser um empreendimento de alto risco hehe
E funcionou mesmo!

A combinação em questão foi: Tapioca recheada com queijo de macadâmia/tremoço

(bom, ao menos para nós essa combinação era inédita)

A receita do queijo de macadâmia é da Renata Octaviani, do site VegVida (o site deve voltar ao ar em breve e no flickr linkado no nome dela tem muitas receitas também). A transcrição das instruções para fazer o queijo está abaixo:

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Ingredientes
  • 1 colher de chá de levedo de cerveja em pó
  • 1 colher de sopa de azeite de oliva
  • 1/2 xícara de macadâmia crua
  • 5 colheres de chá de ágar-ágar em pó
  • 1 e 1/2 xícara de água
  • 1 colher de chá de sal
  • 1/2 limão
  • 1 pitada de cúrcuma ("açafrão da terra")
 Modo de preparo
Bater a castanha com sal, levedo de cerveja e açafrão no liquidificador até virar um pó fino. Misturar a água com o ágar, ligue o fogo mexendo sempre, deixe ferver e aguarde cerca de dois minutos (ele ficará com aspecto viscoso; se ele não adquirir esse aspecto ele não solidificará adequadamente).
Ligue o liquidificador de novo e adiciona o azeite e o ágar recém tirados do fogo (tem que ser rápido, ágar endurece rápido mesmo em temperatura ambiente), bata, acrescente aos poucos o limão, provando (a quantidade efetiva de limão depende do gosto pessoal). Coloque num pote untado com azeite e deixa em geladeira até endurecer (cerca de 30 minutos).
Variação com Tremoço em Conserva. Proceda da mesma forma, trocando a macadâmia pela mesma quantidade de tremoço em conserva drenado (com pele mesmo). Coloque metade da quantidade de sal, 1 colher a mais de azeite e apenas 1/4 de suco de limão (ou menos). Dispense a cúrcuma e, se tiver acesso, coloque duas gotas de essência artificial de queijo (Arcólor, por exemplo).


Anotações


Esse falso queijo – que DERRETE COM O CALOR – pode ser cortado em fatia (com faca ou plainas), ralado em tiras e utilizado em sanduíches, pizzas, para gratinar, sobre massas, etc. Lembra queijo fundido; quando derrete, não fica “puxa-puxa” mas sim pastoso. O ágar-ágar é o substituto vegetariano para gelatina animal, obtido a partir de uma alga e composto por 70% de fibras solúveis. Procure usar xícaras e colheres medidoras para um resultado uniforme.
Lembre-se: queijos não são adequados para veganos e na maioria das vezes não são adequados SEQUER para vegetarianos, pois utilizam coalho animal (também podem utilizar pepsina e lipase). Essa alternativa é livre de lactose, caseína, gordura saturada e colesterol.

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Comentários
> Nós fizemos a receita em dobro, usando meia xícara de macadâmia e meia xícara de tremoço;
> É preciso usar o tipo de ágar-ágar certo, tem uma explicação boa aqui;
> Mesmo usando o ágar refinado nós não percebemos ele ficar viscoso, funcionou mesmo assim;

O queijo pronto ficou assim:





A receita da tapioca é da Renata também, só que foi publicado no multiply dela.


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Ingredientes
  • 250 gramas de polvilho doce (fécula de mandioca)
  • 250 ml de água
 Modo de preparo
Goma: misture a água com o polvilho até dissolver completamente. Deixe descansar por pelo menos 3 horas. Escorra a água que ficou por cima e esparrame a mistura sobre um prato forrado com um pano limpo e seco. Deixe secar de um dia para o outro (ou por pelo menos 3 horas, até secar os dois lados da massa).
Quebre em pedaços e esfarele, passando por uma peneira com o auxílio de uma colher. Essa goma de tapioca (parece uma farinha) pode ser guardada em potes de vidro bem tampados, em geladeira.

Para as panquecas: Aqueça uma frigideira antiaderente levemente untada. Coloque um pouco de goma na chapa, espalhe e aperte moldando as panquecas. Vire com o auxílio de uma espátula, espere mais um minuto, recheie com o escolhido e dobre. Sirva quente ou frio. 

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 Comentários
> Não acho necessário medir a quantidade de polvilho doce, é só pegar qualquer quantidade e acrescentar água além do suficiente para cobrir tudo. Mas para as primeiras vezes é melhor medir, até pegar o jeito;
> Vale citar que essa receita só tinha sido provada anteriormente por mim, e Breno (aracajuano legítimo) aprovou o resultado - e olha que ele conhece com propriedade as tapiocas do nordeste, ou beiju, como é conhecida por lá =)


No resultado final o queijo não chegou a derreter dentro da tapioca, mas só com o calor que recebeu ele ficou com uma textura macia muito boa. Isso porque a gente colocou em fatias grossas, talvez se o queijo estivesse ralado ele teria derretido. Particularmente, na tapioca eu prefiro com a textura que ficou mesmo... Em um sanduíche junto com um hamburguer vegetal já é outra história =P


Eis o prato pronto:

Experiências culinárias - parte I

Eu não podia estar mais feliz: nesses últimos dias estou em uma cidade linda, em ótima companhia e comendo super bem :)
 Hoje era o dia de fazer um doce crudívoro com tâmaras. Encontramos a receita perfeita (Trufas de tâmaras) no blog da Lara Leal, o Ratatouille.
Fizemos do jeito que ela ensinou, vou transcrever abaixo:

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 Ingredientes
  • 12 tâmaras sem semente
  • 100 gramas de coco ralado
  • 100 gramas de amêndoas (cruas e sem sal)
  • 1 colher de chá de xarope de agave
  • 4 colheres de chá de cacau em pó
  • 2 colheres de sopa de água
  • 1 colher de chá de canela

      Modo de preparo
    Processar todos os ingredientes juntos. Se necessário, acrescentar um pouco mais de água. Formar pequenas bolas e cobri-las com os ingredientes que quiser, por exemplo coco ralado, castanhas picadas, gergelim, cacau em pó, etc
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     Comentários
    > Nós colocamos um pouco a mais de xarope de agave, quase três colheres de chá;
    > Provavelmente o ideal é usar um processador, mas conseguimos fazer no liquidificador sem grandes dificuldades. Mas nessa etapa foi preciso acrescentar uma colher de sopa de água;
    > O xarope de agave é um adoçante natural obtido a partir de uma árvore típica do México (Agave tequilana ou Agave Azul). É a única opção crudívora que encontramos na internet para usar no lugar do açúcar;
    > Encontramos o xarope de agave em um mercadinho de produtos saudáveis, é da linha 'Jasmine bio' e é orgânico. Parece que é um produto novo da marca e não sei se é fácil de encontrar;
    > Pensamos em várias substituições, como acrescentar e/ou misturar outras castanhas, ameixas sem caroço, melado de cana (isso se não houver o objetivo seguir a linha crudívora), etc. Experiências futuras serão realizadas com toda certeza, e se for o caso comento por aqui;
    > A receita rendeu 15 trufas grandes até, e elas alimentam muito!  Poucas unidades já dão uma sensação de saciedade;
    > O sabor é simplesmente delicioso!!!

    O resultado final ficou assim:

     

    A diferença no acabamento ficou por conta do cacau em pó. Fizemos de três maneiras: sem cacau, com pouco cacau e com mais cacau. Para envolver o cacau usamos um truque encontrado em um site de confeitaria. O segredo é simples, basta dar uma peneirada na trufa depois de envolvê-la generosamente com cacau. Quanto mais agitar a peneira, mais cacau vai embora e mais escura fica a trufa. É possível ver bem a diferença na foto de perto:

    quinta-feira, 17 de março de 2011

    Vou esperar pelo próximo...

    Um dos meus curta-metragens prediletos: J'Attendrai Le Suivant


    (e é também um dos meus piores pesadelos)

    segunda-feira, 14 de março de 2011

    Origami útil

    Não é que eu esteja questionando a utilidade dos origamis em geral, longe de mim. A maioria dos que sei fazer cumpre muito bem sua função de enfeite, isso é um fato. Outros ainda são interativos e divertem qualquer criança (ok, não só crianças). Tem ainda os que vieram ao mundo com a missão de transmitir, em forma de presente, o carinho que sinto por alguém - não é um destino nobre?

    Mas apesar de ter consciência de tudo isso não pude evitar de me encantar quando descobri que um origami poderia servir de carteira, mas não qualquer carteira! Uma carteira bonita, com espaço para cartões, documentos e dinheiro e o principal: durável. O pulo do gato é que ela não é feita de papel, e sim de tecido.

    (obs. Eu gosto muito, muito mesmo, da efemeridade dos origamis de papel: acho que isso se aplica perfeitamente à um enfeite, brinquedo ou presente, sendo que o que importa mesmo lembrança que eles deixam)

    Pesquisando sobre essa carteira eu descobri que na verdade um origami feito com tecido não é bem um origami. A técnica na verdade se chama orinuno (ori = dobrar e nuno = tecido), mas enfim, é quase tudo a mesma coisa...
    Eu encontrei no youtube um vídeo da Paula ensinando as dobras necessárias, e me aventurei =D.

    O resultado ficou assim:













    domingo, 13 de março de 2011

    Absurdos

    Dica do Gabriel.



    No fim do vídeo há uma mensagem dizendo que essa é uma homenagem que o Paulo Gustavo fez para uma senhora que ele encontrou na fila do banco e que tinha um jeito todo especial de se dirigir... às minorias. Infelizmente nesse mundo essa senhora não está sozinha =(

    Mas confesso que eu ri.

    E as homenagens continuam, no youtube há outros vídeos com homenagens desse tipo.

    quarta-feira, 9 de março de 2011

    Encontros e desencontros



    - Estou estagnada.... O tempo torna mais fácil?

    - Não... Sim... torna mais fácil.

    - É? Olhe só para você.

    - Obrigado. Quanto mais você sabe quem é e o que quer, menos deixa que as coisas o pertubem.

    - Só que eu não sei o que tenho que ser. Tentei ser escritora, mas detesto
    o que escrevo. Tentei tirar fotos, mas ficam todas medíocres. Toda garota passa pela fase da fotografia. Como a fase dos cavalos. Tirar fotos idiotas do próprio pé.

    - Você irá descobrir. Não me preocupo com você. Continue escrevendo.

    - Mas não sou nada de mais.

    - Isso já é bom.

    segunda-feira, 7 de março de 2011

    Garrafa

    Essa animação chama Bottle e é da Kirsten Lepore.

    Essa moça manda muito bem, o trabalho é super bem feito e a história é adorável e comovente, de cortar o coração...



    Animated on location at a beach, in snow, and underwater, this stop-motion short details a transoceanic conversation between two characters via objects in a bottle.

    sexta-feira, 4 de março de 2011

    Coisas que ninguém ensina

    Recentemente descobri o trabalho do Alex Noriega: um cara de Barcelona que gosta de desenhar coisas, como ele mesmo se define.

    Ele diz que em 2010 passou por uma crise por conta de coisas do trabalho e em maio decidiu iniciar um projeto para tentar descobrir o que estava fazendo de errado. Então usou seu talento de cartunista e criou este blog chamado Stuff no-one told me (Coisas que ninguém me disse), onde ele posta suas ilustrações com frases sobre fatos da vida. Lá tem também uma parte onde ele conta mais detalhadamente todo o processo que envolveu o desenvolvimento do referido blog.

    Abaixo coloquei alguns quadrinhos que eu selecionei, mas a lista dele já chegou ao número 66 e ainda não acabou, vale a pena continuar conferindo!

    As ilustrações são ótimas e fofas, e as verdades são muito verdadeiras hehe

     Algumas pessoas vão pensar que está tudo bem em te julgar...Tente não ser como elas. E as ignore.

    Não empurre suas coisas para os seus amigos... Deixe que eles descubram e gostem se eles quiserem.

     Sempre vista uma boa roupa íntima. Você nunca sabe quando pode ter sorte ou quando vai precisar de um médico.

     Não se queixe sobre sua vida porque você não tem o carro ou a casa que deseja... Não ter sorte significa outra coisa.

     Algumas das pessoas mais interessantes que conheço, não sabem o que fazer com a vida delas.

     Você não pode se livrar dos seus medos... Mas pode aprender a conviver com eles... (Mais chá?)

     Pensamento aleatório: Nós colocamos nossas crianças em quartos fechados, olhando para uma parede e fingimos que elas estão aprendendo sobre a vida.

     "Olá" é a palavra mais poderosa contra a solidão. (Oi)

     Um dia você terá saudade de hoje.

     Fimes pornô e a Disney são responsáveis pelos seres humanos mais frustrados que eu conheço. (Onde diabos está o meu príncipe encantado?) (Onde diabos está minha puta insaciável?)

    quinta-feira, 3 de março de 2011

    Assim era no princípio....

    Uma boa maneira de começar é falando sobre "começos", e assim ficar livre dele logo =D



    O meio (Luiz Tatit)

    Assim era no princípio
    Metáfora pura
    Suspensa no ar
    Assim era no princípio
    Só bocas abertas
    Inda balbuciantes
    Querendo cantar

    Por isso que sempre no início
    A gente não sabe como começar
    Começa porque sem começo
    Sem esse pedaço não dá pra avançar
    Mas fica aquele sentimento
    Voltando no tempo faria outro som
    Porque depois de um certo ponto
    Tirando o começo até que foi bom

    Por isso é melhor ter paciência
    Pois todo começo começa e vai embora
    O problema é saber se já foi
    Ou se ainda é começo
    Porque tem começo que às vezes demora
    Que passa um bom tempo
    Inda está no começo
    Que passa mais tempo
    Inda não está na hora
    Tem gente que nunca saiu do começo
    Mas tem esperança de sair agora

    Se todo começo é assim
    O melhor começo é o seu fim
    Um dia ainda há de chegar
    Em que todos irão conquistar
    Um meio pra não começar

    Agora depois do começo
    Já estou me sentindo
    Bem mais à vontade
    Talvez já esteja no meio
    Ou começo do meio
    Porque bem no meio
    Seria a metade

    É bom demais estar no meio
    O meio é seguro pra gente cantar
    Primeiro, acaba o bloqueio
    E até o que era feio começa a soar
    Depois todo aquele receio
    Partindo do meio, podia evitar
    Até para as crianças nascerem
    Nascendo no meio, não iam chorar

    Diria, sem muito rodeio
    No princípio era o meio
    E o meio era bom
    Depois é que veio o verbo
    Um pouco mais lerdo
    Que tornou tudo bem mais difícil
    Criou o real, criou o fictício
    Criou o natural, criou o artifício
    Criou o final, criou o início
    O início que agora deu nisso

    Mas tudo tomou seu lugar
    Depois do começo passar
    E cada qual com seu canto
    Por certo ainda vai encontrar
    Um meio para nos alegrar